quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Sobre os diferentes pesos que a felicidade assume

Eu pesava 52 kg ou um pouco mais, passei pra 47 kg quando adoecida e agora ando por volta de 50 kg. Poucos sabem o real motivo desse "pesar", outros só perguntavam o porque de tanta magreza ao invés de: por que tanta tristeza? Tais perguntas formavam nós que bailavam em meus ouvidos, consequentemente aumentando a tristeza do meu coração e do meu corpo, que sofria. E ainda sofre. Não bombardeio ninguém com tais perguntas cabulosas, creio que no mínimo, deveria também ser poupada. Sou uma dessas pessoas que sabem quanto estrago inconsciente tais perguntas fazem. Reservo-me ao máximo. E quando me fazem mal por estas, apenas sorrio e aceno. Mais uma vez guardo tudo em mim. E adivinhem onde isto é refletido? Adivinhem. 
Não acho que posso me considerar uma pessoa infeliz, mas o estado que me proporciona as experiências relatadas acima é este. Com isso, torno-me uma pessoa num momento infeliz, tendo alguma causa explícita para tal, ou para alguns, nem tão explícita assim, e mesmo assim, de fácil resolução.
Numa conversa pela manhã, logo ao acordar, tenho um outro extremo. Uma amiga, de razões parecidas, emocional, estatura e peso semelhantes. Estado diferente. Quando mais novas compartilháva-mos estados parecidos, até chegamos a compartilhar esse ano e nos tornamos felizes juntas - por hora - mas não por muito tempo.
Hoje fora mais uma prova do vestido de noiva dela. Esqueci de mencionar que esse é um dos estados que nos separa agora, a felicidade de um amor que tem dado certo, que mesmo com avarias pequenas resiste e que socialmente gerará um fruto maior. O fato de não esconder o amor que se sente, torná-lo público com coragem. Coragem esta que não se resume só no fato de casar, pode se apresentar de outras formas.
Já contei uma parte de nossa história conjunta aqui e continuo imensamente feliz por ela. Questões de merecimento, eu diria. Me pergunto se mereço ser feliz assim um dia. Perdi a esperança em remontar relações. Nunca fui muito boa com isso. Só quis namorar uma vez, com uma pessoa que eu escolhi e que resolveu me escolher quase um ano depois.
Como disse anteriormente, sempre tivemos o peso próximo, mas agora as coisas têm sido um pouco diferentes. Ela engordou. Está engordando. Está feliz. Sexo é uma coisa completamente secundária. E as coisas se relacionam. Por ela estar feliz - amando e sabendo que é amada - tudo o mais é secundário. E até o que é secundário a faz e fará feliz.
Eu poderia me comparar aos quesitos acima, mas prefiro terminar com meus votos de felicidade. Quem sabe um dia eu voltarei a ficar feliz assim com quem mais merecer.


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