domingo, 5 de outubro de 2014

quando me perguntam se está tudo bem eu pulo no abismo que é a minha consciência e só respondo que está tudo bem comigo. porque se eu digo o contrário, o mundo desaba para os outros, coisa que cá dentro já fora feito há muito. e ouço coisas do tipo: como pode uma menina inteligente, interessante, bonita, dedicada, que quer o bem dos outros, que tem luz nos olhos, que tem um futuro brilhante e etc estar dessa forma?! 

"você tem uma estrela dentro de ti que foi destinada a grandes feitos nessa terra..."

disseram-me isso depois que tive um certo sonho, que só três pessoas sabem. lembrei disso só tempos depois, na verdade, hoje. peguei-me a pensar. eu penso demais.

meu coração está tão pequeno e com uma vontade de chorar grande, que até divide a mesma com os olhos. que pesar triste. não me sinto tão amada, não dou o mesmo amor. esse de agora é ressentido. meio cansado dos risos de escárnio que compartilhastes com outrem mais de uma vez, por sinal, com a mesma pessoa. 

"eu fui um babaca com ela HUEAHAUAHUAHEHAU"  (na época que não namorávamos)
"eu fui um babaca com ela HUEAHAUAHUAHEHAU"  (na época que me "pediu" em namoro)
"eu fui um babaca com ela HUEAHAUAHUAHEHAU"  (na época para justificar um ciúme meu a outrem)

minha irmã me chamou pra ver o trecho de um filme, que se parecia com isso tudo, achei triste. achei certo. achei que como ela (a personagem), eu não merecia. mas me enchi de esperanças por um alguém que me fez sofrer (sem saber) antes e meio que riu de mim, e fez isso quase sempre que retomava alguma conversa. mas achei que por ter sofrido também, explicaria-se o medo e valeria uma nova chance, porque eu faria diferente das demais e não haveriam motivos pra qualquer tropeço maior, assim como a promessa que o mesmo me fez quando voltou.
infelizmente as coisas não são como as palavras que proferimos, havia muito mais implícito. eu não podia ver. sentia um pouco, mas a dimensão que as coisas tinham era maiores do que eu podia lidar e mesmo "sem querer", "sem saber" o seu lado social demais/de aparência passou por cima de mim mais de uma vez nesses 10 meses. pra uma pessoa eu tenho certeza, pra outras, eu já não sei.

vez em quando uma frase que aparenta ser inocente, não é tão inocente assim. és muito comportadinho. e mais risos. 

ter cuidado com quem e com o que falamos. pensar no que ainda sentimos. e como vamos transmitir tal mensagem. não adianta dizer amar e estar feliz com uma pessoa, se ainda há outra que mexe com a gente e mudamos nosso discurso toda vez que vamos falar com esta, esquecemos da outra (mais de uma vez) por esta só para não parecermos nosso próprio eu, e nos aproximarmos do outro fazendo tipo. ou talvez o outro que colocamos àquele eu, sejamos nós e daí, tudo certo.

mas ainda sim, risos cortam. deboche também.

e aproveitando textos que pulam na minha timeline, não de todo, mas em algumas partes o parece. (em menção ao nosso passado)

"Não adianta dizer que vai tentar, se você não quer fazer isso. Não existe nada mais fácil e mais difícil do que gostar de quem já gosta de você. Portanto sem saber o que sente, o melhor é parar e olhar para as suas atitudes, porque elas já estão falando por você."

e no final do dia, apareceu o texto que mais me diz o que eu quis te falar: se você ama. não importa se a mim ou outra pessoa. sempre te quis feliz e entendo toda a sua trama, e talvez até os motivos pra fazer drama e este não digo desnecessário. mas antes de chamar outro alguém escondido, faça luz e não se esconda. tem muita coisa que eu não sei, tem outras que eu sei sem você saber, e no final estas parecem colagens mal feitas de um sentimento mal resolvido que tem que fechar a porta devagar ao sair de casa pra não acordar os demais. eu sempre soube quando você batia a porta. eu sempre estive acordada.


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