segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Meu dia acordou ruim e estou até agora esperando ele dormir de novo. Quem sabe, assim, essa leseira passe. Já são quatro textos desde ontem. Não queria nem escrever. Perdi o cursinho de novo. Gastei minhas economias com esse celular que funciona quando bem entende, e que me fez vir a Madureira nesse calor. Esvaziei meus potes, então Paradise falls ficara mais distante. Mais um pouco eu teria 1/4 da minha passagem, que certamente teria de ser completada pela minha mãe. Dinheiro é o que menos importa.

Fiz o almoço voando (meu pai levou toda a paella pro almoço). Pensei no meu lar futuro. E todos almoçaram em tempo. Minha mãe agradeceu. Ela chegou, sentou, comeu e até conseguiu descansar um cadinho antes de ter que ir trabalhar de novo. Ela nunca para. Tenho de fazer isso mais vezes por ela. 

Essa pressão estranha nos olhos e na cabeça que não me deixa. Embaça a vista e a vida. Mais uma coisa pra ver. Não tenho raciocinado como antes e me sinto mais inútil. Odeio passar mal sem ter alguém conhecido por perto. Coisa de criança?

Por falar em criança, esse lugar lembra um pouco da minha infância. As consultas e revisões pediátricas, as farmácias de manipulação e homeopatia. Me lembra da história dos gêmeos mais o primogênito de uma família que eu ouvi no caminho de ida, que me lembra outra tristeza/alegria - não sei se é a melhor palavra - e da minha vontade de ter filhos e abdicar um pouco da minha carreira por eles. Quero representar pra eles pelo menos 1/3 do que a minha mãe representa pra mim. Lembrei de quando mexi na minha barriga e ali pousei as mãos meio que sem jeito e você me acompanhou naquele dia 30 de um mês desgostoso.

Engraçado, aqui tem várias lojas de bebê - desde sempre - e meu olhar perante a elas mudou bastante. Percebi isso semana passada. Antes isso só acontecia com lojas de móveis.

O mais engraçado daqui é que as lojas se misturam como... sei lá o quê. E o sex shop que a minha mãe me levou pra conhecer um dia, nem me causou risos hoje. Nem precisei entrar. Sempre achei a vitrine cafona, porém, engraçada e já sei que lá dentro tem um milhão de pênis em forma de vibradore por todos os cantos. E ah, eu não estou pra pênis hoje!

Um bebê sorriu pra mim e meu sorriso amarelou-se. O dele era bem mais límpido. Os neurônios espelho dele estão em pleno funcionamento, os meus, nem tanto. Vem vindo outros dois ali. Talvez um dia venham os meus, mas enquanto isso, eu só espero pelos 40 minutos que me restam e como uns chocolates sem vontade, só pra ver se a vontade vem.



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