segunda-feira, 7 de março de 2011

tábuas corridas

Escrevo tudo de forma desordenada e corrida, mal entendo esses garranchos de receita de médico frustrado.
Mais uma vez eu me perdi no tempo.
O meu peito está acelerando e minha respiração se encontra cada vez mais ofegante. Um breve momento, faltou-me o ar. Respiro fundo, mas me perco.
Asmática.
Minha cabeça parece rebobinar vozes, passos e eu me vejo tonta por mais uma vez.
São tantas vozes.
Acho então que os remédios não estão surtindo efeito.
Uma respiração contundente e um analgésico, em verdade, mais um deles. Ambos prescritos por mim. O diagnóstico é sempre o mais voraz de toda consulta e nesse caso, o passado.
Está tudo girando contundentemente rápido, a escrita acelerada e falha parece mais um borrão no branco do papel em tinta. Uma última arfada.
Me vejo se esvaindo e caio num buraco de mim. Buraco esse com tábuas corridas.