quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

the bond of happiness

Sentada na varanda com um arco de laço vermelho na cabeça, sinto uma leve brisa tocar meus cabelos soltos, mas o calor continua a incomodar.
Simples transeuntes passeiam pela rua e fico a observar enquanto tento escrever simples palavras em uma folha de papel.
Agora encontro-me estasiada com o aroma de meus cabelos, o vento o espalha e o mesmo exala um aroma agradável e extremamente viciante, impregnando minhas narinas, algo incontrolável e encantador.
Eu nunca reparei nisso.
Ouço as pegadas compassadas da minha cadela pelo quintal, ela me circunda e em instantes se distancia, como se ela somente quisesse ter a certeza de que era eu. Na verdade eu acho que ela tem medo de mim ou sei lá o que, até a cadela?!
Creio que não seja nenhuma espécie de psicopata, estou mais para "a pobre donzela indefesa".
Eu já não costumava parar e observar as coisas, apenas agia com certa agilidade para tudo e muitas coisas ao meu redor passavam despercebidas, até que nesse dia tudo parecia diferente.
Só o fato do laço vermelho estar em minha cabeça algo tinha mudado. Ele se destacou na minha face o que me fez mudar de aura, mudar de cor, despertar interesse em observá-lo no espelho e fazer caras e bocas para saber como ele ficava até mesmo fazendo caretas e para minha surpresa não ficou nada mal, eu gostei dele.
Me sentia a branca de neve sem a fantasia, porém ela estava guardada no armário, o que não vem ao caso agora.
O dia parecia prosseguir vagarosamente e aquele laço mudou meu olhar, fez-me enlaçar em pequenos detalhes que de tão pequenos me fizeram lembrar de como é bom sentir os pequenos prazeres da vida e eu olhei para o céu.
Olhei para o céu e o observei naquele dia ensolarado.
Como era azul.
Como era imenso.
Como possuia nuvens que pareciam pequenos flocos de algodão.
Voltei aos tempos remotos de criança e tentava dar nome as formas das nuvens, tinha uma que parecia um coelho e eu ri.
A quanto tempo eu não sabia o que era sorrir somente por olhar para o céu, admirirar as nuvens, ver os pedestres agindo em um dia normal.
Somente pelo fato daquele arco com um laço vermelho estar na minha cabeça me fiz mais feliz. Parece que ele me fez ver cor em uma tela em branco e aprender que detalhes podem parar o mundo.
Começo a perceber por aí o meu vínculo com a felicidade.

Por: Anne Caroline

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