quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ichi Rittoru no Namida, 1 litro de lágrimas

Nunca tinha ouvido falar em doramas, até que a minha amiga @mayrajuvenal perguntou se eu queria chorar e fomos assistir. Pode até parecer estranho ou soar engraçado, mas realmente eu chorei com "Ichi Rittoru no Namida".
Seu título se encaixa completamente na história, é impossível assistir a essa história sem derramar ao menos uma lágrima, mas pessoas chorosas como eu derramam "um litro ou mais".
Chamado de dorama "Ichi Rittoru no Namida", é um drama japonês baseado na história real de Aya Kitō, que faleceu aos 25 anos por conta de sua doença incurável. Toda a história é baseada no diário que Aya escrevia desde os 15 anos, até que um dia nem a caneta ela pode segurar.
Aya era uma menina normal como todas as outras, inteligente, alegre, possuía uma família que a amava muito e amava jogar basquete. Aya era considerava uma pessoa bastante distraída pelas suas quedas, mas ultimamente as quedas se tornaram mais frequentes e preocupantes. Após Aya ter se machucado mais seriamente após a última queda, sua mãe resolveu que seria melhor ela fazer alguns exames para ver se estava tudo bem e se essas quedas eram realmente "normais".


Depois de feitos os exames, Aya é diagnosticada com degeneração espinocerebelar (uma doença incurável que deteriora as células nervosas do cerebelo, tronco cerebral e medula, mas a pessoa se mantém consciente, pois não afeta a memória ou a mente da pessoa e sim, seu sistema motor.)
Aya possuia uma doença gradual e aos poucos seu sistema motor foi falhando.
Parou de andar.
Parou de falar.
Parou de escrever.
Parou de comer.
Mesmo com todas as dificuldades da doença, o único desejo de Aya era viver.

Suas últimas palavras em seu diário foram: " O fato de eu estar viva é uma coisa tão encantadora e maravilhosa que me faz querer viver mais e mais."

Sinceramente, depois de ver 1 litro de lágrimas e derramá-los, me sinto mesquinha por reclamar da minha vida. Enquanto muitas outras pessoas com problemas maiores que os meus querem somente viver e enfrentar seus problemas, eu reclamo por viver com ínfimos problemas. Esse dorama me abriu os olhos para a imensidão que é uma vida e o quão importante ela é.

Eu não direi mais que quero voltar àquele dia, vou viver aceitando o eu de agora.
(uma das frases que Aya escreveu em seu diário.)

Ichi Rittoru no Namida é uma grande lição de vida.

Aya Kitō

São 11 episódios e quem quiser vê-los pode baixá-los por aqui ou assistí-los no youtube.
Espero que essa história tenha o mesmo efeito na vida de vocês que teve na minha, sei que algo de bom desse dorama vocês irão aproveitar.






quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

more dream than reality

Meio sonho, não sei porque.
Nem em sonho chegou a acontecer.
Você pensava que eu almejava outro horizonte, por isso deixou eu seguir o meu rumo sem pesar.
A despedida: um beijo incompleto.
Um carinho afagado.
Desejos mascarados.
A sensação se dissipou da nuca para o meu corpo todo, fecho os olhos e posso sentir agora seu beijo inacabado, além de meia dúzia de palavras tristes que me escolheram.
Eu parecia não ver nada. Somente lhe via.
Minha nuca era tomada por você.
Eu somente sentia a sua pele e o sussurrar ao pé do meu ouvido.
Quando então nos beijaríamos, você comete um engano e comenta sobre o meu outro horizonte. O meu mundo cai.
Meus olhos se viram para você e se ofuscam por lágrimas, você as bebe dolorosamente e diz que vai ser melhor assim. Você disse que sabia que eu amava o outro horizonte e nada poderia mudar isso, disse que eu teria que admitir isso.
Permanecemos imóveis.
Permanecemos em silêncio.
Eu só ouvia a sua respiração e não queria me livrar dela. Até isso me fazia bem em você, a sua respiração.
Quando você finalmente quebraria o silêncio, eu fiz que não com a mão e você assentiu.
Então eu lhe disse que já não precisavas mentir se amasse outrem, eu teria que entender, mas não digas que o outro horizonte é melhor para mim enquanto eu ainda lhe amar.
Vi lágrimas em seu olhar, mas nada pude fazer.
Foi você que escolheu assim, e eu só quero que saiba que eu te amo.
Ambos carregaram lágrimas em seus olhos, abaixaram a cabeça e simplesmente caminharam a lados opostos.
Cada um seguindo seu horizonte, mesmo que estivesse alguém ferido por guerra.

Por: Anne Caroline

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

two lost horizons

Eu pensava que as águas estivessem enfim tranquilas, afinal, eu não pensava em mais nada.
Antes eu me via perdida em entre dois horizontes, mas depois resolvi escolher somente um.
Talvez o errado, mas sempre é tarde demais para voltar atrás.
Pelo menos pra mim.
O pôr-do-sol se fez para um dos horizontes, enquanto o outro eu tentava apagar raio por raio sem ter muita certeza se era isso que eu realmente queria.
O sol insistia em sair, em querer brilhar e eu sentia falta do pôr-do-sol dele. Derrepente os vi se esvaindo de minhas mãos, o sol não mais fazia meu sorriso brilhar, não penetrava em minhas entranhas, me ofusquei.
Neste momento me calei,e senti que nada poderia fazer para que eu pudesse fazê-los voltar, então minha vida se encheu de nada.
Nem eu, nem os sóis de diferentes horizontes sabem o quanto me faziam bem. É como se eu abrisse um sorriso involuntário ao nascente e poente do sol.
É como se eu fosse feliz sem querer, sem saber.
A distância cala a todos neste momento, e cada vez eu me vejo mais longe dos meus dois horizontes.
Horizontes estes que eu temia amar, que eu temia lembrar e hoje que eu temo esquecer, e ser esquecida.
Agora eu entendo uma frase que eu vi por aí.
Agora eu sei que é fácil esquecer as pessoas, mas é difícil esquecer que essas pessoas nos esqueceram e neste momento acho que isto se faz presente.
A distância antes ingrata por um motivo contente, hoje continua se fazendo ingrata pela tristeza. Ela aproximou quem estava longe e afastou quem estava perto.
Eu me culpo por isso.
Eu me culpo por perder dois sóis de dois horizontes diferentes.
Eu me culpo por perder quem me fez brilhar mesmo não sabendo.
Hoje, eu me culpo por apagar os dois sóis de diferentes horizontes com o furor de minhas lágrimas.


Por: Anne Caroline

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

the bond of happiness

Sentada na varanda com um arco de laço vermelho na cabeça, sinto uma leve brisa tocar meus cabelos soltos, mas o calor continua a incomodar.
Simples transeuntes passeiam pela rua e fico a observar enquanto tento escrever simples palavras em uma folha de papel.
Agora encontro-me estasiada com o aroma de meus cabelos, o vento o espalha e o mesmo exala um aroma agradável e extremamente viciante, impregnando minhas narinas, algo incontrolável e encantador.
Eu nunca reparei nisso.
Ouço as pegadas compassadas da minha cadela pelo quintal, ela me circunda e em instantes se distancia, como se ela somente quisesse ter a certeza de que era eu. Na verdade eu acho que ela tem medo de mim ou sei lá o que, até a cadela?!
Creio que não seja nenhuma espécie de psicopata, estou mais para "a pobre donzela indefesa".
Eu já não costumava parar e observar as coisas, apenas agia com certa agilidade para tudo e muitas coisas ao meu redor passavam despercebidas, até que nesse dia tudo parecia diferente.
Só o fato do laço vermelho estar em minha cabeça algo tinha mudado. Ele se destacou na minha face o que me fez mudar de aura, mudar de cor, despertar interesse em observá-lo no espelho e fazer caras e bocas para saber como ele ficava até mesmo fazendo caretas e para minha surpresa não ficou nada mal, eu gostei dele.
Me sentia a branca de neve sem a fantasia, porém ela estava guardada no armário, o que não vem ao caso agora.
O dia parecia prosseguir vagarosamente e aquele laço mudou meu olhar, fez-me enlaçar em pequenos detalhes que de tão pequenos me fizeram lembrar de como é bom sentir os pequenos prazeres da vida e eu olhei para o céu.
Olhei para o céu e o observei naquele dia ensolarado.
Como era azul.
Como era imenso.
Como possuia nuvens que pareciam pequenos flocos de algodão.
Voltei aos tempos remotos de criança e tentava dar nome as formas das nuvens, tinha uma que parecia um coelho e eu ri.
A quanto tempo eu não sabia o que era sorrir somente por olhar para o céu, admirirar as nuvens, ver os pedestres agindo em um dia normal.
Somente pelo fato daquele arco com um laço vermelho estar na minha cabeça me fiz mais feliz. Parece que ele me fez ver cor em uma tela em branco e aprender que detalhes podem parar o mundo.
Começo a perceber por aí o meu vínculo com a felicidade.

Por: Anne Caroline

Inconstant and extremely adorable

Confuso e compreensivelmente passivo.
Duvidoso e completamente aceitável.
Um jogo ínfimo de palavras podem lhe traduzir, mas não lhe decifrar.
Pensamentos vagam no vazio da solidão e só encontram desculpas para não lhe falar o que realmente se pensa.
Palavras muitas das vezes são irreversíveis e podem arrebatar ambos os lados, mas quem sempre sofre é o lado mais fraco, o que ama mais, o que não pensa.
Tenho receio de avançar com você, talvez o que você diga seja uma cascata de mentiras que só servem para me deixar "afim".
Talvez você só ria do meu sentimento.
Sou só mais um brinquedo, eu sei e sou tola por isso.
Mas talvez você possa falar a verdade e pense como eu.
Um dia alguém terá que falar e talvez tudo isso fique para trás, o medo, a insegurança, o amar e o sofrer, pois talvez você me queira, mas acredito que para você seja indiferente esse querer.

Por: Anne Caroline


Only for today

Quase todos os dias ela é criticada por ser assim.
Não concordam com o que ela faz, diz ou pensa e a cada dia ela se torna mais inconstante e indecifrável.
Seu bom humor e seu sorriso são perdidos com o passar das horas e ela não vê a hora de chegar o sono para que os sonhos habitem seus pensamentos e ela possa sorrir novamente.
Ela admira o nada e tem vontade de chorar, e na maioria das vezes pede asas para voar.
Como ela almeja se perder no azul da imensidão e apenas não olhar para trás, andar com a cabeça erguida sem mais.
Ela procura consolação nos seus textos, mas eles não estão dando conta de tanto sofrimento e suas palavras facilmente são borradas por lágrimas.
Tudo em sua vida ocorre de maneira contrária ao que ela deseja, nem tudo, mas na maioria das vezes.
Será que até no amor tem que ser assim?!
Dar uma chance a quem você não ama para possivelmente tentar ser feliz mesmo sabendo que a pessoa ao seu lado lhe ama, seria me magoar duas vezes mais, se for para ser assim, prefiro poupar outrem da suposta felicidade.
Essa menina que dizem muito bela, que dizem sempre estar com um sorriso mais belo ainda na face, hoje troca esse sorriso por lágrimas e sorri involuntariamente para não aparecer desagradável como um todo para os olhos que a seguem.
Essa menina hoje está crescendo e quer aprender a viver um pouco melhor e sozinha.
Essa menininha cheia de solidão e mágoas que chora copiosamente e já passa despercebida pelos outros às vezes também se faz feliz, mas tudo o que ela quer hoje é ser amada, compreendida, ter poucos e fiéis amigos, e ser feliz junto a eles.
Só por hoje ela quer ter seu belo sorriso de volta e que suas lágrimas deem lugar ao brilho multi-cor de seus olhos.
Só por hoje!


Por: Anne Caroline

sábado, 2 de janeiro de 2010

maybe one poetess

Um dia um amigo questionou sobre a minha inconstância amorosa e me disse:
" - Uma poetisa nunca pode ser constante no amor, ela é sempre inconstante e você é uma."
Eu nunca tinha visto a situação por esse ponto, não querendo me chamar de poetisa, pois não sou, mas pode ser verdade.
Se eu fosse constante amorosamente e decidida, talvez não conseguisse traduzir minha dor em palavras.
Creio que todos os meus textos traduzam um pouco do meu sentimento, e na maioria das vezes eles se fazem imprecisos e dolorosos.
Talvez essa inconstância seja mera coincidência, coisa do destino ou não sei o que.
Não me ache um cordeiro masoquista, mas gosto da dor ao escrever, do transbordar de sentimentos, das lágrimas brotando do canto dos meus olhos que vão escorrendo pelo meu rosto até cairem no papel e borrarem involuntariamente as palavras ali escritas.
Quando pareço bem e estável não consigo escrever, meu cérebro se compara a uma folha em branco na qual não há nada para ser escrito e ali ele permanece inerte, como algo extremamente tedioso, aí pronto, uma voz fala: "- QUE SE FAÇA A CONFUSÃO."
Parece que preciso de uma dor para seguir em frente, mas sempre acabo me ferindo demais, o que era para ser um propósito de existência acaba se tornando um motivo para a depressão.
Acaba parecendo que sou eu que quero isso, mas acredite, é involuntário e extremamente doloroso.
Já sofri por um, por dois ao mesmo tempo, por aqueles que sabiam, por aqueles que nem desconfiavam, já sofri por amar quem não me amava e por não amar quem me amava, já sofri por amar demais e amar de menos quando mais se precisava, mas mesmo assim, hoje eu continuo sofrendo por quem não conheço.

Por: Anne Caroline