quarta-feira, 21 de outubro de 2009

nothing is so sweet or so pink as you think

Por que as pessoas estranham quando você diz não estar bem?!
Afinal, a vida não é um mar de rosas e eu não sou feliz o tempo todo, ou melhor quase nunca.
Vejo que afoguei-me em um mar de rosas repletas de espinhos e hoje há cortes por todo o meu corpo, mas parece que só eu os vejo e existem outras pessoas que não se sujeitam a ver cicatrizes ou meia duzia de feridas ainda abertas, tenho que admitir, mas às vezes nem eu quero vê-las.
Feridas doem, ardem, já as cicatrizes me fazem apenas recordar da dor, sentimento esse que tento esquecer a cada dia.
Me pego pensando no que errei, porque não dar chance a quem realmente me amou, não é a primeira vez que isso acontece e nem será a última, eu sei.
Como sempre aqui ficarão aquelas velhas promessas:
- Prometo não mais me enganar por amor, por carência.
- Prometo não mais amar alguém incapaz de se sensibilizar com a emoção alheia.
- Prometo ser feliz.
Que seja, não estou aqui para viver de promessas e me ilusionar a cada dia, mas procuro apenas um caminho para a felicidade e hoje foi o dia que decidi parar de procurá-lo, já não dá mais, sei que demorei para perceber, mas um dia ela vai ter que me achar, mesmo que nesse dia eu esteja em um poço sem fundo.

Por: Anne Caroline

anne is over capacity

Posts não terminados, ideias completamente desconexas, lágrimas que caem ininterruptamente dos meus olhos e que descrevem sentimentos amargos, muitas cairam no papel que escrevi e molharam as palavras escritas, que agora parecem mais perdidas do que antes.
Já não tenho vontade de viver, cansei de tudo isso, palavras ferem e estou delacerada por elas, ideias loucas voltam a circundar a minha mente e não sei mais o que fazer, minha carne parece ser fraca e até penso em ceder, mas vejo que já não vale mais arrancar a minha vida por seres tão mínimos. Já não sinto mais nada, meu amor é afagado por pensamento nenhum, queria ter coragem para lhe dizer tudo, a felicidade parou de brilhar e junto com ela foi-se o meu olhar. Todos pensam que estou bem e lucida o suficiente para seguir em frente sem temer, mas hoje me pego escrevendo as mesmas coisas sem sentido, com olhos de ressaca, olhos de esmeraldas afogados em uma mina de lágrimas, com a face completamente amassada, sem vida, mas com o mesmo semblante angelical. Minhas lágrimas foram interrompidas pelo tocar do telefone, já que ninguém precisa se sujeitar a minha inconsciente dor, dor essa que não se finda e que a cada período se mostra mais forte frente ao meu ser, mas mesmo assim consigo seguir sem muitos perceberem. A boneca a qual muitos me comparam possui vida própria e infelizmente não tem manual de instruções, muito menos botão de on/off, mas parecem querer controlá-la lentamente, desobedecendo seus sentimentos. Seres cruéis que parecem querer tirar sua vida lentamente, como se ao brincar com ela, mesmo que inocentemente a apertassem até deixá-la com falta de ar, e assim fosse falecendo lentamente, mas de tanto brincarem, um dia eles resolverão deixá-la, sim deixá-la, quando ela não servir mais para brincar e tiver cortes aparentes.

Por: Anne Caroline

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

nothing is a fairy tale...

Eu poderia começar contando essa história de várias formas, mas decidi contá-la pela mais difícil delas, a REAL, prometo ser fiel a toda ela e não usar palavras rebuscadas para mascarar sentimentos que palavras simples podem expelir, mas às vezes não há palavras para dizer, o silêncio fala por si só.
É tão fácil viver em um conto de fadas, protagonizado por príncipes e princesas, onde você sabe que tudo vai terminar bem e com a famosa frase "... e foram felizes para sempre..." e que os vilões sempre acabam mal, regra que não se aplica na sociedade e muito menos na minha vida, pois tudo parece e ouso dizer que é; ao contrário ...
Não sei dizer se é só comigo, mas quanto eu mais busco a felicidade, ela aparece fugir ou se esconder de mim, quanto mais busco um amor, mais esse amor me fere, quanto mais procuro a lucidez, acho que fico mais insana.
Pergunto-me por quê estou exposta a isso, muito mais vulnerável a qualquer pessoa, mas não acho resposta viável ou melhor, não encontro resposta alguma e o que eu mais almejo é um amor, alguém que eu ame e me ame com o mesmo apreço, acho que não seria pedir muito, concordam?!
Agora a carência me desola, há em mim uma angústia, uma excessiva tristeza, uma vontade de cair em prantos repentina, que vem e que vai sem motivo nenhum.
Me pego pensando no nada e às vezes em situações absurdas, as quais não quero recordar.
Sinto-me absurdamente infeliz, mas sei que os meus problemas ou os problemas do meu mundinho são pequenos demais, diria até insignificantes perto do de outros seres, sim digo SERES, pois parecem tão insignificantes e longe de nós, que nem estendermos a mão conseguimos para pessoas como nós, que são nossos semelhantes, que possuem cidadania como qualquer outra pessoa, mas que por má sorte foram esquecidos e já nem lembram o que é ser cidadão, isso se um dia os mesmos exerceram essa "posição".
Digo-lhes já que tenho uma visão diferente de mundo e que tento me isolar no meu para tentar fugir dessa opressão desumana e da ignorância alheia, que se força a não abrir os olhos e enxergar a realidade, a qual essa me afeta profundamente e que me arranca pedaços lentamente, mas que tento não me abater pelos que prezam meu bem estar físico e pela minha sanidade mental.
Foi só você aparecer que esse mundo mudou de direção e até mesmo de lugar, não sei aonde foi parar a minha lucidez, você me trouxe alegria e inspiração, mas a qualquer momento elas podem virar tristeza e depressão.
Me pego pensando em você mesmo querendo não pensar, a sua foto impregnou meu pensamento, já que o seu cheiro eu nunca pude sentir, mas isso já me basta.
Suas doces palavras me causam dependência, a sua pior fraqueza faz a minha fortaleza, seu nome se tornou habitual ao meu simplório vocabulário e meu pensamento despenca para aonde você deve estar, mesmo nunca sabendo o local.
Imagino ou ilusiono-me pensando o quanto podes me fazer feliz, mas sempre há uma montanha, a qual eu não tenho forças para mover e sempre aparecem novos impasses, os quais não sei domar e me rendo ao choro para oprimir um sentimento que parece querer desabrochar, mas que seja, cortem logo o mal pela raiz, antes que eu morda a maçã envenenada e fique rendida de amores por você ou calce os sapatinhos de cristal e caia da escadaria do palácio real, que no meu caso se chama vida.
Tudo seria mais fácil se você me amasse, mas nem isso eu tenho coragem para lhe perguntar e talvez quando eu tenha, seja tarde demais e por ser fraca é melhor adormecer esse sentimento, assim como a Aurora, pois não tenho mais forças para lutar por um amor como a Pocahontas fez ou pela honra do mesmo como a Mulan.
Todos falam e tentam aconselhar, pouco são os que compreendem ou para quem digo a verdade, para uns prefiro mascarar a verdade, para outros, melhor nem contar.
Somente hoje eu sei, que o que sinto nem eu consigo explicar.

Por: Anne Caroline

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

an assumed Romeo

Como alguém que chega sorrateiramente na sua vida pode envolver-se nela tão de repente sem ao menos lhe causar estranheza?!
Sutilmente revelas quem és, e a cada dia me pareces mais interessante, e talvez tamanha sutileza com que aparecestes no meu caminho é pelo simples fato de ser um anjo, que com suas lindas asas tenta me proteger e com suas doces palavras me acalenta. Neste tempo de percurso juntos, tenho notado leves ferimentos em suas asas, mas tento cuidar deles sem ao menos você notar, por mais que eu não tenha a cura para todos os seus males, tento tornar a sua dor mais suportável, tento desligar você de um sofrimento ínfimo, mas incômodo. Sinto que com você eu posso voar mais alto, ir mais além, frequentar lugares nunca vistos pelo meu imaginário, é como se seu brilho pessoal iluminasse meu imaginário e o fizesse se expressar em forma de poesia, algo que nem a ciência poderá explicar, porque sentimento tão forte como a nossa amizade não se explica, apenas se sente, e não é sentido por qualquer rélis mortal, mas somente por aqueles que possuem a capacidade de amar.
Realmente é difícil de admitir, mas embalada pelo Ato II, és um alguém que eu supostamente amaria, um possível Romeu perdido em um mundo cruel, por vezes incompreendido e tão magoado injustamente por aqueles que não sabem o que é o amor, e que o tratam com indiferença e não lhe dão valor necessário, e que infelizmente só aprenderão a amar quando seu suposto amado se for, por isso lhe digo que não chores em vão, não vale a pena deixar-se esvair em lágrimas, gotas estas tão puras e preciosas, por um alguém que não lhe ama verdadeiramente, que não se doa por alguém que diz amar. E agora que as suas lágrimas cederam, não tenho o porquê de não estender a mão e passar sutilmente em seu rosto, fazendo-o embalar, como se limpasse uma lágrima de criança triste, ajudando a aliviar a angústia que elas transmitem e tentando fazer você esquecer tudo. E juntos mergulhados em uma única dor, fazemo-nos repetir uma cena trágica, embalados por um intenso silêncio e uma cumplicidade única entre “Julieta Capuleto” e “Romeu Montecchios”, faz-se encenar o último ato de Romeu e Julieta.

Por: Anne Caroline


sábado, 10 de outubro de 2009

one more lost dream

Hoje não é como ontem, mas mesmo assim ainda não está tudo bem.
Eu preciso de ajuda, preciso da sua ajuda.
Me segure bem forte, por favor,
não me deixe cair, não me deixe na escuridão;
NÃOOOOOO.
Me vejo esvaindo entre os seus dedos, a sua imagem está mais longe a cada segundo, o ritmo da minha respiração diminui, começo a tremer, desmaio subitamente e agora me encontro inconsciente.
Há várias maneiras de morrer e parece que fui alvo de uma das piores delas, a mais lenta, aquela que mata aos poucos, que incomoda e corrói cada resto de esperança que ainda se tem.
A solidão me assola e a tristeza me arrasta por dias a fundo, tento parecer bem, mas agora não dá mais, não mais.
A máscara da felicidade caiu e a única que me resta agora é a da tristeza, envolta por um mal súbito e uma vontade estonteante de chorar, onde lágrimas dançam em meu rosto, sem ao menos eu pensar.
Já previa isso, não me julgue como vidente ou algo do gênero, pois sou leiga demais no assunto EU, mas aquele arrepio me fez ver o futuro.
Agora tenho que me acostumar, tudo é tão vazio, sempre foi assim e não é agora que mudaria, certo?!
Nunca tive o seu olhar, apenas lhe imaginava, parecia lhe sentir, lhe tocar, mas é sempre assim, me perdi ao tentar te encontrar, parecia um conto muito bom, estava vivendo por sonhar, mas sem piedade você me arrancou o chão e agora eu não sei voar, me estenda a sua mão e me faça acreditar, que histórias como essa, não podem assim terminar.
A morte vem chegando, o que se torna habitual, velarei um sentimento que não me fazia mal.
Podes até não perceber, mas nada está igual, te procuro nos mesmos lugares, mas cansei de viver o irreal.
Isso tudo não tem sentido, por isso o que escrevo ficará sem final ...

Por: Anne Caroline

sábado, 3 de outubro de 2009

unexpected news

Quando penso que nada pode piorar, o inesperado sempre acontece.
Piorou.
Venho falecendo aos poucos, embora você não saiba, mas a cada dia ganho injeções de ânimo, que me fortalecem e não me deixam sucumbir a tristeza de supostamente te amar, e não poder lhe falar por algum motivo ou mesmo por intuição.
Agora digo-lhes que podem suspender as injeções ou até tentar doses cavalares, mas presumo que não vá adiantar muita coisa, minha esperança finda-se e parece querer descansar em paz.
Ainda arde uma chama em meu peito a qual tento assoprar sutilmente até que se apague, mas ela insiste em continuar existindo e mesmo fraca, luta contra meu ar quase que rarefeito, e sobrevive por instantes longos e que parecem não ter mais fim.
Como pode um ser tão racional deixar se abater por sentimentos?!
Eis que a chama pode-se reacender ou tornar-se forte a qualquer momento e por ser fraca, digo-lhes senhores:
- Este é meu maior medo.
Recolhendo esse sentimento sem ao menos lhe falar, posso estar cometendo um erro, quiçá o maior erro da minha vida.
Involuntariamente a sua imagem agora penetrou nos meus pensamentos e parece não querer sair mais daqui, perdendo o controle sobre mim a cada instante, deixo escapar um sorriso bobo de lado e um intenso suspiro, e por isso demoro a recuperar a minha normal respiração, batimentos cardíacos aceleram-se e pareço abrigar borboletas em meu estômago, minha cabeça gira e quando fecho os olhos eu vejo você, você e você.
Aos poucos recupero o que eu poderia chamar de lucidez e tento administrar mais uma frustração, meu erro foi tentar te amar rápido demais e o meu maior medo é você dizer que já me amou.

Por: Anne Caroline





sexta-feira, 2 de outubro de 2009

is no longer a drama queen

Enquanto eu andava pela casa, uma lágrima insistia em cair dos meus olhos,
eu tentava contê-la, mas não conseguia.
Eu a enxugava, mas ela continuava insistindo em cair ao longo da minha face, enquanto meu pensamento estava longe, fixo em você.
Cedi ao choro.
Meu pranto me condena a mais um caso de amor mal curado, meu erro agora fora amar o desconhecido.
Que posso fazer eu, se o desconhecido me faz bem?!
Amor impensado, que eu fiz-me acreditar, fui comprada pela doce ilusão de momentos felizes, momentos estes que eu redescobri com você e, é difícil admitir que você me fez sorrir no momento que mais precisava e hoje você não consegue perceber que me fez chorar.
Tenho pena de ver a minha lânguida face refletida pelo espelho.
Vejo um reflexo embaçado, quase sumindo naquele brilho intenso.
Meu sorriso já não existe mais, meu olhar se retrai a cada instante e cada vez me vejo mais fora de mim e mais perdida em você.
Meus olhos de ressaca antes marejados pelas lágrimas, agora estão secos como o Sertão.
Sentimentos se oprimem em meu peito e se contrapõem a cada instante e regridem ao meu principal manancial de inspiração: você.
Por mais que eu tente, já não é tão fácil assim, palavras se desmentem e te põem contra mim e tudo que eu mais queria agora era que eu voltasse a sonhar e não te perdesse para alguém que infelizmente não sabe te amar.

Por: Anne Caroline