domingo, 20 de dezembro de 2009

My favorite puzzle, my only hobby.

Aos poucos vou lhe encontrando e o jogo está ficando cada vez mais interessante.
Eu disse que não queria mais brincar, como aquelas crianças que não gostam de perder, mas estou fixada a você e como essas crianças, um dia eu poderei ganhar pela insistência, ou não.
Realmente eu pareço uma criança quando ganha um jogo novo e eu gostei do meu quebra-cabeça.
Eu estou juntando as suas partes ininterruptamente e você nem sabe disso.

A sua imagem ...

O seu sorriso ...

Suas brincadeiras ...

Seus conselhos ...

A sua voz ...

Repare, o meu quebra-cabeça está quase todo montado, só falta reunir isso tudo e adicionar sentimento a um simples brinquedo sem vida.
Muitos me dizem que é para eu esquecer, muitos outros dizem que você é meu e que no fundo gosta de mim e não há distância suficiente que nos separe, pois meu pensamento está em você e involuntariamente o seu pensamento passeia por mim.
Na verdade eu não sei o que ou quem você é, mas existem momentos que eu queria que você não existisse, mas existem muitos outros que eu abro um sorriso estonteante somente pelo fato da sua existência.

Menina boba! Por que ainda se apaixona?!

Sou de lua, mas na verdade quem não é?!

Você possui um ar misterioso, como um eclipse inesperado que todos se viram para o céu somente para admirar o momento, às vezes pode ser um momento único que se prolonga por algum tempo e que só ocorrerá novamente em anos, décadas ou quem sabe nunca mais irá ocorrer momento como aquele e a comparação se faz justa, afinal você é único.
Suas cores me atraem mais que a Aurora Boreal e isso me faz lembrar que tenho uma aquarela em mãos e se pudesse encheria minha vida de cor e não deixaria a aquarela perder suas cores.
Seu sorriso me provoca delírios e eu nem sei quem você é de verdade, mas você existe e isso basta.
Pena que isso tudo faça parte de uma grande ilusão. Já não monto mais quebra-cabeças desde os tempos de menina, mas parece que ele resolveu voltar. Creio que seja tarde para tal complô amoroso contra mim, agora não faço nada impensado, isso não é amar, eu sei; mas a dor de um amor é muito maior que a alegria de ter alguém que você ama.
Ultimamente não tenho me importado com o sentimento, mas sim com o meu sorriso quando eu sei que você está ali, tudo se renova, o ar fica mais puro, meu semblante fica mais feliz.
Eu não deveria estar falando isso, mas você é um jogo viciante e eu não quero largar.
Está sendo pior que muitas drogas ilícitas que te domam como um todo e acabam com a sua vida.
Você é a minha droga e eu odeio admitir isso.

Por: Anne Caroline

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

I didn't find a sad name enough

Sentada à mesa da cozinha vejo duas rosas morrendo, talvez eu esteja me sentindo como elas.
Antes exibia beleza e fervor como elas ao desabrochar, hoje suas pétalas secas refletem meu estado interior, talvez eu esteja realmente secando e somente minhas lágrimas me regam, mas nem elas são suficientes para me manterem viva.
Meus sentimentos podem ser expressos por aquelas duas simples flores, agora quase mortas. Uma é branca, a outra é rosa, ambas significam para mim o amor e a paz que não tenho se degradando a cada dia, até que alguém os joguem no lixo, assim como será feito com as duas rosas.
Acho que minhas lágrimas já molharam muito o caderno em que escrevo e creio que não será a última vez, mas hoje eu só tenho medo de que essas lágrimas se transformem em sangue sem cessar.
Eu já não suporto mais e prezo para que essa história termine bem, senão eu serei a vítima como sempre e depois que acontecer não há volta.
Eu só lhes direi caros leitores que lhes amo e isso será o fim do meu sofrimento.

Por: Anne Caroline

"Como uma ideia que existe na cabeça e não, tem a menor obrigação de acontecer."

- Prazer, meu nome é Liberdade!
- Prazer Senhora Liberdade, como está?
- Eu estou sempre bem minha querida, você que parece não muito bem.
- Nossa, além de um nome muito curioso, a senhora também tem poderes?
- Ah minha querida, quem me dera. Eu apenas tenho um conhecimento muito vasto e sei as mazelas que a vida nos traz, e não é difícil percebê-las em sua vida, estão bem visíveis.
- Bem, a Senhora acertou do mesmo jeito, não pareço muito bem e realmente não estou. Senhora diga-me o significado de seu nome, ele intrigou-me.
- Existem muitas definições para meu nome, uma das que eu mais gosto é esta: "Faculdade natural das pessoas para fazer algo ou não, ou para pensar em como fazê-lo."
- Definição muito interessante, mas não me satisfaz, diga-me outra já que existem tantas ...
- Não me chame de vidente ou algo do gênero, posso muito bem estar enganada, mas acho que a definição que mais lhe cabe é esta: "Confiança ou familiaridade". Estou certa?!
- Impressionou-me, está corretíssima!
- Ouvindo quem realmente sou e aplicando um dos meus significados à sua vida, achas que tem liberdade?
- Posso estar errada, mas acho que não, EU NÃO TENHO LIBERDADE. Não me entendas mal, não me equiparo a um preso em uma cela de cadeia ou aos escravos antes da Lei Áurea, sou presa por mim mesma sendo limitada pelos que me circundam. Eles não me dão liberdade, com isso não encho-me de vida e estou cada vez murchando mais, como a senhora mesmo pode ver.
- Até lhe entendo menina, mas estes que te limitam não querem o seu bem?
- Eles pensam me fazer bem, mas a cada dia se faz mais difícil a convivência entre eles. Querer o bem Senhora Liberdade, nunca significou limitar o indivíduo a crescer e, eu me sinto assim.
- Já tentou conversar sobre isso?!
- Tantas vezes já comecei a falar, mas estou sufocada com desculpas, imposições. Nem liberdade de falar o que penso eles me concedem, creio que o ufanismo deles não os deixam ver o outro crescer e ser feliz por conta própria.
Cúmulo! Nem liberdade de expressão se tem.
- Difícil situação minha menina, eu sempre estou lhe rondando, mas sinto a resistência daqueles que lhe circundam, com isso não posso me fazer presente.
- Eu percebo Srª. Liberdade, como a sua definição que mais me cabe, com eles não há confiança e nem familiaridade. Parecem não confiar em mim e para que eu não perceba isso, colocam a culpa em um meio circundante, cheio de perigos e fantasia que até mesmo eles estão sujeitos a riscos e não percebem, parecem pensar que eu NÃO penso. Rélis mortais!
- Ah minha pequena menina, grande mulher! Por isso seus pensamentos tão sórdidos, essa tristeza complementar. Pobre menina singular.
- Me sinto desolada, desamparada, não encontrei alguém que possa entender minhas angústias, por isso prefiro calar-me e escrever, ao menos assim me sinto mais aliviada, mas não de todo; existem olhos por todos os lados, essa conversa entre nós Srª Liberdade será corrompida pela curiosidade alheia, que passará os olhos por estas palavras e ao menos por um momento se constrangerá de ler as coisas alheias sem permição.
- Ah menina! Agora compreendo de todo a sua dor, e por ser tão forte assim eu lhe prometo estar sempre por perto e lhe direi como me encontrar. Quando estiver mais sufocada e impune aos outros grite em silêncio por mim e eu estarei com você para lhe libertar das amarras que lhe são impostas. Sonhe, sonhe alto, alce voo entre lugares que nunca andou e tenha certeza que eu lhe acompanharei por direito e mais que isso, por merecimento e consciência da tua liberdade.

Por: Anne Caroline



sábado, 21 de novembro de 2009

is always a silent suffering

Morro aos poucos e ninguém vê ou compreende tal acontecimento.
Parecem só exigir de mim, criticar, mas ninguém vê que isso me corrói por dentro e reflete por fora.
Seria muito individualismo o mundo parar para me ouvir, não acho isso necessário e nunca vou querer que isso aconteça, não peço atenção e não me faço de palhaça para que eu tenha plateia.
Lágrimas, lágrimas e mais lágrimas correm sem parar, como já de costume.
Não há aqui ninguém para afastá-las, para acalentar ou proteger-me, contento-me com papel e caneta para me expressar.
Nada em mim consegue me agradar, talvez seja por isso que não agrade a ninguém, mas não consigo reverter esse quadro, não consigo ver o que há de bom em mim, só vejo tristeza, obscuridade e solidão, tenho medo que quando eu perceba, seja tarde demais.
Já não escrevo coisas felizes, pela minha caligrafia percebe-se isso, já não tenho a quem amar e fazer feliz.
Alguém que pensei amar já não guardo mais na minha mente, sei que essa conduta de reciprocidade de amor se faz egoísta, mas tento findar a minha dor. Foi a melhor maneira de tentar esquecê-lo, dizer que já não o amo mais, que já não serves pra mim, mesmo tendo sabedoria que ele ainda habita o solo craquelado do meu coração.
Sigo mergulhada no meu protetorado individualista, uma maneira ineficiente que me prendi para tentar seguir.
Minha personalidade que nasceu para aperfeiçoar o mundo circundante se encontra em preto e branco, minha expressão verbal perdeu o colorido, sinto falta de toda aquela aquarela de sentimentos e sinto falta da tua cor nela com o meu toque final.

Por: Anne Caroline




a repentance that can kill

Muitos fatos passam, muitos deles não damos valor e agora olho para trás e vejo tudo o que restou.
Se agora eu estou assim, penso que um dia eu tive a chance de mudar e deixei escapar o meu sossego de hoje, deixei de ter um sorriso e deixei a tristeza habitar o seu olhar.
Como um consolo, escrevo ouvindo o gotejar da chuva branda que cai lá fora, já não tenho vontade de chorar, o céu chora por mim.
Eu me arrependo de ter falado coisas quando eu sabia que o silêncio poderia perdurar ou então de me calar e sofrer sozinha enquanto você poderia me amar.
Eu fracassei por romper e aderir a lei do meu silêncio, que invadiu ou invadiria o seu espaço, desculpe-me se lhe incomodei, mas esse não era o meu propósito, somente tentei lhe proteger da minha confusão.
Já não tenho medo de lhe expor que me arrependo de não ter tomado o seu sorriso como meu para sempre e ter desperdiçado um amor que poderia ter dado certo.
Me arrependo de não ter tentado lhe amar e jogado meu resto de sentimentos ao vento, e meu pior erro foi pensar que o tempo poderia resolver tudo.
Você me esperou tempo demais, mais até que o necessário, esteve disposto a tudo e me compreendeu quando eu mais precisava e mais uma vez me envergonho por isso, pela minha confusão.
Ao menos se eu tivesse tentado te amar ...

Por: Anne Caroline


sábado, 14 de novembro de 2009

a supposed death

Vejo-me agora por um ângulo diferente, o qual estranho muito.
Estou estirada no chão sem ninguém por perto e minha alma parece vagar no vazio aludida por essa cena incomum e perturbadora.
Vejo uma imagem longe e desfocada, pareço estar desfalecida e alheia a tudo, diria que estou inconsciente e tenho medo de ver-me assim.
A cada segundo me distancio mais do meu corpo e tudo parece girar, está tudo muito confuso e nem sei aonde estou.
Vozes começam a tentar um contato comigo, mas ouço-as muito mal, parecem mais um falho sussurrar.
Tento me prender em algum lugar, mas não consigo me segurar, esta situação me deixa com medo.
Já não consigo me segurar em lugar algum, já não tenho forças e não vejo as minhas mãos com meus pulsos retalhados.
É difícil tomar ciência do que pode estar acontecendo e penso que essa visão seja uma breve passagem da minha morte, e digo-lhes que isso não me deixou abatida, talvez eu precise disso, talvez seja necessário ou isso pode ser só mais um aviso de como a minha alma se encontra; quase morta.

Por: Anne Caroline

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

nothing is so sweet or so pink as you think

Por que as pessoas estranham quando você diz não estar bem?!
Afinal, a vida não é um mar de rosas e eu não sou feliz o tempo todo, ou melhor quase nunca.
Vejo que afoguei-me em um mar de rosas repletas de espinhos e hoje há cortes por todo o meu corpo, mas parece que só eu os vejo e existem outras pessoas que não se sujeitam a ver cicatrizes ou meia duzia de feridas ainda abertas, tenho que admitir, mas às vezes nem eu quero vê-las.
Feridas doem, ardem, já as cicatrizes me fazem apenas recordar da dor, sentimento esse que tento esquecer a cada dia.
Me pego pensando no que errei, porque não dar chance a quem realmente me amou, não é a primeira vez que isso acontece e nem será a última, eu sei.
Como sempre aqui ficarão aquelas velhas promessas:
- Prometo não mais me enganar por amor, por carência.
- Prometo não mais amar alguém incapaz de se sensibilizar com a emoção alheia.
- Prometo ser feliz.
Que seja, não estou aqui para viver de promessas e me ilusionar a cada dia, mas procuro apenas um caminho para a felicidade e hoje foi o dia que decidi parar de procurá-lo, já não dá mais, sei que demorei para perceber, mas um dia ela vai ter que me achar, mesmo que nesse dia eu esteja em um poço sem fundo.

Por: Anne Caroline

anne is over capacity

Posts não terminados, ideias completamente desconexas, lágrimas que caem ininterruptamente dos meus olhos e que descrevem sentimentos amargos, muitas cairam no papel que escrevi e molharam as palavras escritas, que agora parecem mais perdidas do que antes.
Já não tenho vontade de viver, cansei de tudo isso, palavras ferem e estou delacerada por elas, ideias loucas voltam a circundar a minha mente e não sei mais o que fazer, minha carne parece ser fraca e até penso em ceder, mas vejo que já não vale mais arrancar a minha vida por seres tão mínimos. Já não sinto mais nada, meu amor é afagado por pensamento nenhum, queria ter coragem para lhe dizer tudo, a felicidade parou de brilhar e junto com ela foi-se o meu olhar. Todos pensam que estou bem e lucida o suficiente para seguir em frente sem temer, mas hoje me pego escrevendo as mesmas coisas sem sentido, com olhos de ressaca, olhos de esmeraldas afogados em uma mina de lágrimas, com a face completamente amassada, sem vida, mas com o mesmo semblante angelical. Minhas lágrimas foram interrompidas pelo tocar do telefone, já que ninguém precisa se sujeitar a minha inconsciente dor, dor essa que não se finda e que a cada período se mostra mais forte frente ao meu ser, mas mesmo assim consigo seguir sem muitos perceberem. A boneca a qual muitos me comparam possui vida própria e infelizmente não tem manual de instruções, muito menos botão de on/off, mas parecem querer controlá-la lentamente, desobedecendo seus sentimentos. Seres cruéis que parecem querer tirar sua vida lentamente, como se ao brincar com ela, mesmo que inocentemente a apertassem até deixá-la com falta de ar, e assim fosse falecendo lentamente, mas de tanto brincarem, um dia eles resolverão deixá-la, sim deixá-la, quando ela não servir mais para brincar e tiver cortes aparentes.

Por: Anne Caroline

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

nothing is a fairy tale...

Eu poderia começar contando essa história de várias formas, mas decidi contá-la pela mais difícil delas, a REAL, prometo ser fiel a toda ela e não usar palavras rebuscadas para mascarar sentimentos que palavras simples podem expelir, mas às vezes não há palavras para dizer, o silêncio fala por si só.
É tão fácil viver em um conto de fadas, protagonizado por príncipes e princesas, onde você sabe que tudo vai terminar bem e com a famosa frase "... e foram felizes para sempre..." e que os vilões sempre acabam mal, regra que não se aplica na sociedade e muito menos na minha vida, pois tudo parece e ouso dizer que é; ao contrário ...
Não sei dizer se é só comigo, mas quanto eu mais busco a felicidade, ela aparece fugir ou se esconder de mim, quanto mais busco um amor, mais esse amor me fere, quanto mais procuro a lucidez, acho que fico mais insana.
Pergunto-me por quê estou exposta a isso, muito mais vulnerável a qualquer pessoa, mas não acho resposta viável ou melhor, não encontro resposta alguma e o que eu mais almejo é um amor, alguém que eu ame e me ame com o mesmo apreço, acho que não seria pedir muito, concordam?!
Agora a carência me desola, há em mim uma angústia, uma excessiva tristeza, uma vontade de cair em prantos repentina, que vem e que vai sem motivo nenhum.
Me pego pensando no nada e às vezes em situações absurdas, as quais não quero recordar.
Sinto-me absurdamente infeliz, mas sei que os meus problemas ou os problemas do meu mundinho são pequenos demais, diria até insignificantes perto do de outros seres, sim digo SERES, pois parecem tão insignificantes e longe de nós, que nem estendermos a mão conseguimos para pessoas como nós, que são nossos semelhantes, que possuem cidadania como qualquer outra pessoa, mas que por má sorte foram esquecidos e já nem lembram o que é ser cidadão, isso se um dia os mesmos exerceram essa "posição".
Digo-lhes já que tenho uma visão diferente de mundo e que tento me isolar no meu para tentar fugir dessa opressão desumana e da ignorância alheia, que se força a não abrir os olhos e enxergar a realidade, a qual essa me afeta profundamente e que me arranca pedaços lentamente, mas que tento não me abater pelos que prezam meu bem estar físico e pela minha sanidade mental.
Foi só você aparecer que esse mundo mudou de direção e até mesmo de lugar, não sei aonde foi parar a minha lucidez, você me trouxe alegria e inspiração, mas a qualquer momento elas podem virar tristeza e depressão.
Me pego pensando em você mesmo querendo não pensar, a sua foto impregnou meu pensamento, já que o seu cheiro eu nunca pude sentir, mas isso já me basta.
Suas doces palavras me causam dependência, a sua pior fraqueza faz a minha fortaleza, seu nome se tornou habitual ao meu simplório vocabulário e meu pensamento despenca para aonde você deve estar, mesmo nunca sabendo o local.
Imagino ou ilusiono-me pensando o quanto podes me fazer feliz, mas sempre há uma montanha, a qual eu não tenho forças para mover e sempre aparecem novos impasses, os quais não sei domar e me rendo ao choro para oprimir um sentimento que parece querer desabrochar, mas que seja, cortem logo o mal pela raiz, antes que eu morda a maçã envenenada e fique rendida de amores por você ou calce os sapatinhos de cristal e caia da escadaria do palácio real, que no meu caso se chama vida.
Tudo seria mais fácil se você me amasse, mas nem isso eu tenho coragem para lhe perguntar e talvez quando eu tenha, seja tarde demais e por ser fraca é melhor adormecer esse sentimento, assim como a Aurora, pois não tenho mais forças para lutar por um amor como a Pocahontas fez ou pela honra do mesmo como a Mulan.
Todos falam e tentam aconselhar, pouco são os que compreendem ou para quem digo a verdade, para uns prefiro mascarar a verdade, para outros, melhor nem contar.
Somente hoje eu sei, que o que sinto nem eu consigo explicar.

Por: Anne Caroline

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

an assumed Romeo

Como alguém que chega sorrateiramente na sua vida pode envolver-se nela tão de repente sem ao menos lhe causar estranheza?!
Sutilmente revelas quem és, e a cada dia me pareces mais interessante, e talvez tamanha sutileza com que aparecestes no meu caminho é pelo simples fato de ser um anjo, que com suas lindas asas tenta me proteger e com suas doces palavras me acalenta. Neste tempo de percurso juntos, tenho notado leves ferimentos em suas asas, mas tento cuidar deles sem ao menos você notar, por mais que eu não tenha a cura para todos os seus males, tento tornar a sua dor mais suportável, tento desligar você de um sofrimento ínfimo, mas incômodo. Sinto que com você eu posso voar mais alto, ir mais além, frequentar lugares nunca vistos pelo meu imaginário, é como se seu brilho pessoal iluminasse meu imaginário e o fizesse se expressar em forma de poesia, algo que nem a ciência poderá explicar, porque sentimento tão forte como a nossa amizade não se explica, apenas se sente, e não é sentido por qualquer rélis mortal, mas somente por aqueles que possuem a capacidade de amar.
Realmente é difícil de admitir, mas embalada pelo Ato II, és um alguém que eu supostamente amaria, um possível Romeu perdido em um mundo cruel, por vezes incompreendido e tão magoado injustamente por aqueles que não sabem o que é o amor, e que o tratam com indiferença e não lhe dão valor necessário, e que infelizmente só aprenderão a amar quando seu suposto amado se for, por isso lhe digo que não chores em vão, não vale a pena deixar-se esvair em lágrimas, gotas estas tão puras e preciosas, por um alguém que não lhe ama verdadeiramente, que não se doa por alguém que diz amar. E agora que as suas lágrimas cederam, não tenho o porquê de não estender a mão e passar sutilmente em seu rosto, fazendo-o embalar, como se limpasse uma lágrima de criança triste, ajudando a aliviar a angústia que elas transmitem e tentando fazer você esquecer tudo. E juntos mergulhados em uma única dor, fazemo-nos repetir uma cena trágica, embalados por um intenso silêncio e uma cumplicidade única entre “Julieta Capuleto” e “Romeu Montecchios”, faz-se encenar o último ato de Romeu e Julieta.

Por: Anne Caroline


sábado, 10 de outubro de 2009

one more lost dream

Hoje não é como ontem, mas mesmo assim ainda não está tudo bem.
Eu preciso de ajuda, preciso da sua ajuda.
Me segure bem forte, por favor,
não me deixe cair, não me deixe na escuridão;
NÃOOOOOO.
Me vejo esvaindo entre os seus dedos, a sua imagem está mais longe a cada segundo, o ritmo da minha respiração diminui, começo a tremer, desmaio subitamente e agora me encontro inconsciente.
Há várias maneiras de morrer e parece que fui alvo de uma das piores delas, a mais lenta, aquela que mata aos poucos, que incomoda e corrói cada resto de esperança que ainda se tem.
A solidão me assola e a tristeza me arrasta por dias a fundo, tento parecer bem, mas agora não dá mais, não mais.
A máscara da felicidade caiu e a única que me resta agora é a da tristeza, envolta por um mal súbito e uma vontade estonteante de chorar, onde lágrimas dançam em meu rosto, sem ao menos eu pensar.
Já previa isso, não me julgue como vidente ou algo do gênero, pois sou leiga demais no assunto EU, mas aquele arrepio me fez ver o futuro.
Agora tenho que me acostumar, tudo é tão vazio, sempre foi assim e não é agora que mudaria, certo?!
Nunca tive o seu olhar, apenas lhe imaginava, parecia lhe sentir, lhe tocar, mas é sempre assim, me perdi ao tentar te encontrar, parecia um conto muito bom, estava vivendo por sonhar, mas sem piedade você me arrancou o chão e agora eu não sei voar, me estenda a sua mão e me faça acreditar, que histórias como essa, não podem assim terminar.
A morte vem chegando, o que se torna habitual, velarei um sentimento que não me fazia mal.
Podes até não perceber, mas nada está igual, te procuro nos mesmos lugares, mas cansei de viver o irreal.
Isso tudo não tem sentido, por isso o que escrevo ficará sem final ...

Por: Anne Caroline

sábado, 3 de outubro de 2009

unexpected news

Quando penso que nada pode piorar, o inesperado sempre acontece.
Piorou.
Venho falecendo aos poucos, embora você não saiba, mas a cada dia ganho injeções de ânimo, que me fortalecem e não me deixam sucumbir a tristeza de supostamente te amar, e não poder lhe falar por algum motivo ou mesmo por intuição.
Agora digo-lhes que podem suspender as injeções ou até tentar doses cavalares, mas presumo que não vá adiantar muita coisa, minha esperança finda-se e parece querer descansar em paz.
Ainda arde uma chama em meu peito a qual tento assoprar sutilmente até que se apague, mas ela insiste em continuar existindo e mesmo fraca, luta contra meu ar quase que rarefeito, e sobrevive por instantes longos e que parecem não ter mais fim.
Como pode um ser tão racional deixar se abater por sentimentos?!
Eis que a chama pode-se reacender ou tornar-se forte a qualquer momento e por ser fraca, digo-lhes senhores:
- Este é meu maior medo.
Recolhendo esse sentimento sem ao menos lhe falar, posso estar cometendo um erro, quiçá o maior erro da minha vida.
Involuntariamente a sua imagem agora penetrou nos meus pensamentos e parece não querer sair mais daqui, perdendo o controle sobre mim a cada instante, deixo escapar um sorriso bobo de lado e um intenso suspiro, e por isso demoro a recuperar a minha normal respiração, batimentos cardíacos aceleram-se e pareço abrigar borboletas em meu estômago, minha cabeça gira e quando fecho os olhos eu vejo você, você e você.
Aos poucos recupero o que eu poderia chamar de lucidez e tento administrar mais uma frustração, meu erro foi tentar te amar rápido demais e o meu maior medo é você dizer que já me amou.

Por: Anne Caroline





sexta-feira, 2 de outubro de 2009

is no longer a drama queen

Enquanto eu andava pela casa, uma lágrima insistia em cair dos meus olhos,
eu tentava contê-la, mas não conseguia.
Eu a enxugava, mas ela continuava insistindo em cair ao longo da minha face, enquanto meu pensamento estava longe, fixo em você.
Cedi ao choro.
Meu pranto me condena a mais um caso de amor mal curado, meu erro agora fora amar o desconhecido.
Que posso fazer eu, se o desconhecido me faz bem?!
Amor impensado, que eu fiz-me acreditar, fui comprada pela doce ilusão de momentos felizes, momentos estes que eu redescobri com você e, é difícil admitir que você me fez sorrir no momento que mais precisava e hoje você não consegue perceber que me fez chorar.
Tenho pena de ver a minha lânguida face refletida pelo espelho.
Vejo um reflexo embaçado, quase sumindo naquele brilho intenso.
Meu sorriso já não existe mais, meu olhar se retrai a cada instante e cada vez me vejo mais fora de mim e mais perdida em você.
Meus olhos de ressaca antes marejados pelas lágrimas, agora estão secos como o Sertão.
Sentimentos se oprimem em meu peito e se contrapõem a cada instante e regridem ao meu principal manancial de inspiração: você.
Por mais que eu tente, já não é tão fácil assim, palavras se desmentem e te põem contra mim e tudo que eu mais queria agora era que eu voltasse a sonhar e não te perdesse para alguém que infelizmente não sabe te amar.

Por: Anne Caroline

sábado, 26 de setembro de 2009

the war formed by one

Todos em guarda!
Diz uma voz mascarada por um falso herói e quase todos a seguem sem contestar, é a vitória do senso comum, VIVA.
Fracos são aqueles que são manipulados por um imaginário fértil, que fazem de tudo pela discórdia e com armas em punho querem uma guerra.
Guerra imaginária! Guerra inexistente!
Um motim foi feito, todos estavam preenchidos pela raiva e contaminados pela magnitude da sua mentira.
Dentre os muitos, poucos eram os que tinham real ciência da situação inventada e não deixavam-se abater, mas a política circense reinou, faça o povo feliz e ganhe aliados.
Nossa! Agora você pode se vangloriar, orgulhe-se com o que fez, está no lugar certo, agiu certíssimo para suprir seu ego, é o capitalista ideal para representar seu continente, mas lembre-se, tudo que vem fácil, vai fácil.
Tudo é passageiro e até seus melhores aliados podem voltar-se contra você.
Seu ato foi o estopim.
Estopim contra você mesmo.
Não se vanglorie por uma falsa segregação, o mundo gira com você e não ao seu redor.
Tudo está mudando, mas você não vê, sua separação está errada, o inimigo não age com a força e intolerância, age com a astúcia e a razão, como num jogo de xadrez, você vai sucumbindo lentamente e quando você menos espera shāh māt ou xeque – mate (O Rei está morto).
Sua alienação o fará enlouquecer em um mundo de modismo e capital, seu sonhado reinado de popularidade cairá e por fim você estará sozinho, os pólos que antes eram seus aliados se voltaram contra você, e quando você mais precisar terás que sucumbir seu ego, pois quem estará disposto a te ajudar, foi quem você mais criticou e lançou bombas, bombas de palavras irônicas e meia dúzia de críticas, mas são essas pessoas que irão te resgatar, a qual não tenho medo de dizer que faço parte delas.

Por: Anne Caroline

domingo, 20 de setembro de 2009

wrought temptation of passion

Em uma conversa com um bom amigo, de tantos risos, surge o tédio com um assunto que meu coração não quer ouvir e derrepente transparece um choro fino da minha alma que clama por algo que eu pareço não compreender ou apenas não quero idealizar.
Você seria um alvo ideal senão pela distância e por mais que eu queira você me parece um amor em vão, meio ilusionado, caiu na minha vida no momento certo e na hora certa, supostamente quando eu mais necessitava de uma ilusão para tomar como motivo para eu seguir em frente e você me apareceu como tal, algo bem surreal.
Talvez um pouco de surrealismo demais para um mundo real e que somente anceio por alguém que me compreenda e me aceite como e com amor.
E eu tentei forçar a minha imaginação a te enquadrar em um perfil que preenche meu ego e sacia as minhas necessidades momentâneas e constantes, mas não foi preciso, você parece ser o que eu buscava, você me transmite segurança, sensibilidade, você me entende e mesmo que não saiba me faz feliz,
mas por receio prefiro não me aventurar no desconhecido (em parte), mas por um instante eu consegui te sentir ao meu lado e a sua forte presença me fez feliz, por pelo menos um instante e não vou mentir, eu gostei.
Algo me diz que já gastei amor demais, acho que meu coração está rejeitando sofrimentos, enquanto o meu cérebro me impulsiona a querer um novo amor, somente pelo prazer de sentí-lo ou repelí-lo, somente por ter a sensação de amar, isso me faz falta.
Eu não gosto de admitir, mas você seria uma pessoa que eu realmente amaria.

Por: Anne Caroline




sábado, 19 de setembro de 2009

who am I?

Quando eu conseguir me libertar dessa corrente de pensamento e ideias, talvez eu possa responder ou ao menos tentar solucionar essa questão ou quem sabe me perder em uma corrente de pensamento qualquer e consequentemente fazer você se perder na minha pseudo filosofia.

Por: Anne Caroline

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

sometimes I doubt if I really am happy

É difícil se definir uma pessoa feliz ou não, eu, por exemplo não sei. Vocês até podem argumentar que sou indecisa e que não sei nada sobre mim, mas este é o princípio fundamental da filosofia, o questionamento.
Diria que é trágico uma pessoa falar que não é feliz ou afirmar que é feliz demais, tudo na vida são fases, e se elas serão boas ou ruins você não poderá determinar de todo, pois se não porque existiria a palavra VIDA?!
Neste momento me sinto complexada, em estado normal, e agora sim eu diria, normal até demais.
A minha vida parece estar estática, é como se o tempo tivesse parado e ela caminhasse vagarosamente, mas sem direção, sem propulsão e isso me faz questionar se realmente estou feliz com este fato.
Tantas coisas já aconteceram, mesmo que o dinamismo me machucasse, eu gostava, não que eu gostasse de sofrer, eu gostava das diferentes sensações que me ocorriam, um dia estava extasiada de alegria e no outro o meu pranto me consolava, pode ser estranho mas isso faz falta e agora me vejo perdida em sentimento nenhum, o que me torna infeliz hoje ou o que me torna sem motivos para estar feliz e o que me leva a pensar que eu preciso de felicidade mesmo que ela seja imposta ou disfarçada, não pense como se fosse uma distração para me tirar de um mundinho próprio e monótono, mas sim a felicidade que me fará sentir feliz, pelo menos de forma passageira e me emprestará um sorriso que me satisfará momentaneamente e que por um segundo me fará voltar a pensar que sou feliz e enganará os tolos que pensam que sou feliz.

Por: Anne Caroline

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

worse than gossip girl

É tão confuso o que está acontecendo, meu consolo é que estou em paz com a minha consciência, sei que não fui eu quem começou e que não tenho o poder de terminar, não é minha característica manipular as pessoas, mas é o forte de muitas outras.
O que mais me magoa é o fato de pensar que você não acredita em mim e cada vez mais se torna mais distante sem ao menos notar, você é manipulado nessa teia viciante e frustrante de intrigas, e é seduzido por ela cada vez mais, e novamente sem perceber envolveu a nossa amizade nessa teia asquerosa, a qual você me fere vagarosamente com atos e palavras.
Eu quero que tudo retroceda, mas isso não depende de mim, enquanto isso prefiro a abstinência de palavras, não gosto de compartilhar sofrimentos, prefiro sofrer calada e machucar-me ao ter que atrapalhar a vida dos outros com meus pensamentos e frustrações.
Eu tenho nojo de quem está fazendo isso, sei que é provocação, eu sei, infelizmente sei, meu maior erro é mesmo não querendo demonstrar aflição e medo de te perder demonstro isso, mas as provocações e insinuações todos os dias estão me machucando, mas sei que não entende. Sou fraca?! Não; dessa vez não é fraqueza, apenas sou ser humano, posso errar como todos e você pode pensar que estou errada, pensar que é um motivo fútil, mas pergunte-se primeiro se a nossa amizade é fútil, eu só não quero perder meu melhor amigo.

Por: Anne Caroline